Com pequenas coisas..pequenos momentos..
Simples. Um olhar, um sorriso, um piscar de olhos, um carinho.
Somos felizes porque quando estamos juntos, sentimo-nos completos, como se não precisássemos de mais nada naquele momento, apenas estarmos, os dois.
Há respeito, compreensão e tolerância. É claro que também há momentos maus, como em tudo e todos.
Há defeitos, pequenas incompatibilidades, de feitio, mas rápidamente, sobressai-se o que há de mais intenso: O amor e a cumplidade.
Aquela cumplicidade que logo de ínicio em que nos conhecemos, perfeitos estranhos, em vidas totalmente opostas, fez com que nos
aproximássemos de forma magnética. Um estranho eras tu. Naquela sala, com aquelas pessoas. Via em ti apenas mais alguém que conheci.
Tu igual. Até que, dia após dia de convívio, sem sequer me aperceber, começou a surgir um brilho nos meus olhos quando te via.
Como alguém que eu pensava que não tinha absolutamente nada a ver comigo, nem sequer imaginar que teriámos tanto em comum, começa
a ser aquela pessoa por quem o meu pensamento recusa-se a abandonar a cada minuto do meu dia?
Dias passados juntos, sem sabermos sequer o que um pensa do outro. Apenas a viver com o sentimento de cada um, individualmente,
sem o expressar. Mas nada, ainda arrebatador. Um ligeiro, "mas que raio tem esta pessoa, para me fazer interessar tanto?"
Conversas intermináveis. Risos, brincadeiras, partilhas, pequenas descobertas. Começou a surgir
um mútuo interesse em manter contacto próximo diáriamente. Uma brincadeira, um olhar mais cumplíce, assim de fugida.
Há medida que o tempo ía passando, crescendo essa vontade. De estar, de falar, de olhar. Até que apareceu a vontade de tocar, sentir,
cheirar. Breves toques, como que se nada fossem. Faziam-me tremer como se fosse o 1º dia de escola. Um arrepio invadia-me, sem pedir
permissão. Era incontrolável. Nunca na minha vida, tinha sentido um arrepio assim, por apenas me tocar na mão. Um olhar que me
desarmava. Um sorriso que me elouquecia. Foi assim que me apaixonei. Por alguém de quem menos esperava, no momento em que menos esperava,
no local onde menos esperava, nas circunstâncias da vida, em que menos esperava. De repente alguém, entrou na minha vida de uma forma tão intensa. Nem deu para processar tudo isso.
Uma mistura de sentimentos, fervilhavam dentro de mim.
Era impossível estarmos juntos. Não podia ser. Ia ser um amor sofrido, passado ao lado, ignorado, espezinhado por prioridades distorcidas. Por imposições exteriores.
Por medos, incertezas, inseguranças. Não iria resultar. Para que sequer tentar?
Eu não poderia jamais e tu não estarias preparado. Para quê tentarmos? Não iria dar em nada. íamos sair magoados.
Mas nada correu como esperávamos. Nada nunca corre. Os impulsos correm-nos nas veias. O magnetismo era forte de mais para ser controlado.
Era impossivel não estarmos juntos.
Corremos riscos, cometemos erros. Quebrámos regras. Fomos contra tudo e todos. Não podiamos estar longe um do outro. Aconteceu o inevitável.
Os arrepios, os calafrios, os tremores, tudo fazia parte do que eu sentia sempre que estava perto de ti. Mesmo depois de semanas.. continuava. Era diferente de tudo.
Sentia algo tão forte, mas ao mesmo tempo não o classificava desse modo. Limitava-me a vivê-lo e foi isso que fiz de melhor. Vivi aqueles momentos como se não fosse viver outros iguais nunca mais.
Era AQUILO, que eu sempre desejei sentir. Estava a sentir e aproveitei isso ao máximo. Libertei-me, fui eu mesma. Não é isso que todos procuramos afinal de contas? Estar com alguém,
que nos faça sentir viva, que nos permita sermos nós mesmas, sem medos. É esse o objectivo do ser humano enquanto ser de relações amorosas e sentimentais. Podermos ser nós mesmos, ao pé de alguém. Entregarmo-nos.
Sentirmo-nos seguros ao fazê-lo.
E por isso tudo, o que vivemos e continuamos a viver. É indiscritivel o que sinto por ti. Amar algúem assim, para além de uma relação. Não é a relação que nos determina.
Vivemos semanas, meses, sem definirmos relação, para quê? Sabiamos que estavamos destinados um ao outro, viviamos todos os dias como se fosse o último. Determinar fosse o que fosse, não iria mudar nada.
Com o passar do tempo, as coisas vão evoluindo, passando para novos patamares. Novos desafios, novos objectivos. O sentimento vai-se moldando, melhorando, intensificando.
Deixa de ser louco, passa a ser maduro. Deixa de ser precipitado, passa a ser estável, mas sempre com aquela pitada que nos caracteriza. A cumplicade faz de nós diferentes, únicos.
Hoje estou tão ou mais apaixonada. Ainda me desarmas com o teu sorriso. O teu olhar faz-me derreter. O teu cheiro, o teu toque...são coisas com as quais preciso de viver com.
Não somos 2 em 1. Somos muito diferentes em muitas coisas. Mas somos o complemento um do outro. Estamos juntos para tudo. Já vivemos tanto neste tempo em que faz que nos conhecemos, que nada nos abala.
Amo-te como nunca.
Por: Mafalda Ferreira
Nãos ei onde o foste buscar mas tá muito banito =) E acredito que te identifiques,pois felizmente vocês completam-se =D
ResponderEliminarBoneca, não fui buscar a lado nenhum. Este texto é meu :) Beijoca *
ResponderEliminarQue texto lindo Mafalda! Consegue-se sentir ao lê-lo que estão muito apaixonados! :)
ResponderEliminarBeijinhos
Oh Niki obrigada! :) Sim e sabe bem expressá-lo por palavras. Miminho para ti *
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